Inês de Castro, filha do fidalgo galego D. Pedro Fernandes de Castro, foi uma das damas que acompanharam Dona Constança quando esta veio para Portugal para casar com o Infante D. Pedro, filho do nosso Rei D. Afonso IV.
Inês de Castro era detentora de uma grande beleza. Era loira, de pele muito branca e tinha um pescoço que se assemelhava a um "colo de garça".
D. Pedro, depois de casado com D. Constança, apaixonou-se por Inês.
Este Infante, que mais tarde veio a reinar em Portugal como Rei D. Pedro I, tinha um temperamento nervoso e agitado, o que por vezes o levava a ter atitudes exageradas e a decisões imponderadas.
D. Pedro, ainda em vida da Dona Constança, leva Inês para Coimbra e assenta-lhe côrte nos Paços da Rainha Santa Isabel, sua avó. E ali Pedro e Inês vivem em "maridança" e têm filhos.
Nesse Paço também se acolhem parentes e aderentes de Dona Inês de Castro, destacando-se, entre todos, seus irmãos D. Fernando e D. Álvaro. Mas além destes, de acordo com várias fontes, ali também se refugiam diversos fidalgos de Espanha, inimigos de D. Pedro, homónimo do nosso Infante, Rei de Castela e Leão.
Nesses Paços de Coimbra a língua corrente passa a dada altura a ser a castelhana e aí é criado um grupo oposicionista a D. Pedro de Castela liderado pelos irmãos de Dona Inês que tentam também juntar à sua causa o Infante português.
O referido D. Pedro de Castela e Leão havia-se desquitado da sua esposa a Rainha Dona Branca e havia vivido em comum com a irmã de Dona Inês de nome Dona Joana de Castro, que mais tarde também engeitou.
Vivia na altura com uma amante de nome Dona Maria Padilha.
Por outro lado o referido Rei de Castela e Leão, cognominado "O Cru" afogava em sangue os descontentes do seu Reino.
Os refugiados de Castela tentavam aliciar o nosso Infante D. Pedro, no sentido de que logo que tomasse o Governo de Portugal, movesse uma guerra contra Castela a fim de derrubar o seu legítimo Rei apoderando-se do seu Reino.
E os irmãos de Dona Inês: D. Fernando de Casto e D. Álvaro de Castro eram quem mais se destacava nessa conjura. E foram principalmente esses os motivos que, em 1355, levaram os conselheiros de D. Afonso IV: Pêro Viegas Coelho (sobrinho de D. Gonçalo Viegas Magro), Diogo Lopes Pacheco e Álvaro Gonçalves Pereira a instigar o Rei no sentido de ordenar a execução de Dona Inês de Castro por temerem que a referido trama viesse a trazer diversos malefícios para o País um dos quais poderia vir a ser o afastamento do trono do Infante D. Fernando (filho de D. Pedro e de Dona Constança) sendo considerado herdeiro do trono de Portugal o filho mais velho de D. Pedro e de Dona Inês, que teriam possivelmente casado em Bragança, em segredo em 1363, quando Dona Constança já havia falecido.
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